Ana Beatriz Alves

Como uma criança olha ao desejar um brinquedo, você me olhava, seu olhar me envolvia de uma certa forma que era impossível de explicar, seu olhar penetrava em meu olhar de um jeito que parecia me prender pra sempre. Sua expressão dizia exatamente o que você imaginava enquanto me olhava, e de certa forma eu queria o mesmo. Seus lábios tocaram os meus com um toque de suavidade, mas ao mesmo tempo tão selvagem, como se fosse a ultima vez que sentiria meu sabor, suas mãos deslizavam sobre meu corpo, com tanta delicadeza que eu chegava a lua, seus lábios nervosos corriam por mim, como se me corpo tivesse um sabor sem igual, algo que jamais tivesse provado, o sabor que outras com certeza não terão, o sabor que jamais terá novamente.
De repente contra parede me virou, seu rosto tão macio como a pele de um bebe, deslizava agora por minhas costas junto de suas mãos, que me deixaram marcas, momento único, gostoso, e o final, o final da guerra, do sofrimento, de corações feridos, de olhos molhados por lágrimas.
Despediste de mim, com um beijo que me tirou o ar, o vi indo embora, e fechei a porta sabendo que seria pra sempre.